
DEIXOU GIGANTE SAUDADE
Deixou gigante saudade,
Morava em Campina Grande
Encantadora cidade,
Fez centenas de folhetos
Mostrando capacidade.
Permanecerá lembrado,
O estilo inconfundível
Nunca será relegado,
Todo trabalho que fez
Deve ser valorizado.
Sobre a arte cordelista,
Falando num tom sublime
Sem atitude elitista:
- Um poeta lembra muito,
Trabalho de jornalista.
Nosso cordel brasileiro,
Em cada folheto dele
Botou algo pioneiro,
Mas não perdeu a essência,
O vate Manoel Monteiro.
Choram pranto desmedido
Por este escritor famoso
Pelo Brasil conhecido,
Desde o dia em que o mestre,
Ficou desaparecido.
Sem perder a esperança,
Querendo encontrá-lo vivo
Com muita perseverança,
Para abraçarem seu pai,
Sorrindo igual a criança.
Numa busca permanente,
Os jornais mobilizados
De modo bem persistente;
E o Facebook ajudou,
Nessa procura inclemente.
É segredo do destino,
Porque foi para Belém
O popular nordestino,
Virando por muitos dias
Um menestrel peregrino?
Nós jamais descobriremos,
Sem julgar sua atitude
Com a notícia sofremos,
Pelo gênio da cultura
Que tristemente perdemos.
Numa outra dimensão,
O pai do nosso cordel
Veio abraçar um irmão,
Dizendo a Manoel Monteiro:
- Entre naquela mansão.
Atendeu o nobre apelo,
Querendo fazer estrofes
Passou a mão no cabelo,
Mas não conteve seu pranto
Quando avistou Zé Camelo.
E João Martins, ativista.
Silvino do Pirauá
Cumprimentou nosso artista,
Acompanhado também
Pelo bom Chagas Batista.
Só conheci seu trabalho,
Encerro minha homenagem
Sem ter pensamento falho,
Esperando que Jesus,
Te entregue bondoso orvalho.
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