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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 15 de junho de 2014

Ilustração » O auto da Compadecida ganhará adaptação para quadrinhos

Um mês após matéria publicada pelo Diario de Pernambuco sobre o sonho de fazer HQ, ilustrador Jô Oliveira recebeu carta branca de Ariano Suassuna
 Pela primeira vez, após quase sete décadas de produção literária e cênica, a obra de Ariano Suassuna vai ser transposta para os quadrinhos. Não por falta de interesse dos possíveis adaptadores, mas pela resistência do escritor, com sua caricata aversão a modelos estrangeiros: “gibi é coisa de americano”. Prestes a completar 87 anos (o aniversário é nesta terça-feira), Ariano fez uma concessão: O auto da Compadecida ganhará roupagem de romance gráfico pelas mãos do ilustrador pernambucano Jô Oliveira
 .
A autorização foi dada após reportagem publicada há um mês, pelo Diario de Pernambuco, onde o artista foi apontado como criador da primeira graphic novel brasileira, A guerra do reino divino. Publicada há 40 anos, a HQ foi inspirada na estética sertaneja narrada por Suassuna, em especial no romance Pedra do reino (1971). Nos últimos anos, Jô Oliveira tentou contato com o ídolo por três vezes, mas recebeu apenas respostas vagas.

Segundo o genro e assessor pessoal de Ariano, Alexandre Nóbrega, ao ler o pedido publicado no jornal, o dramaturgo ratificou não gostar de gibis, embora simpatize com os traços do quadrinista. “Ele [Ariano] só não terá condições de participar da adaptação, mas pode ser feito, sim”. A notícia foi recebida com alegria pelo ilustrador, cujos primeiros esboços da HQ foram cedidos com exclusividade ao Diario (veja abaixo).

“A resistência é compreensível, pois escritores tratam os livros como uma filha bonita. É natural você se preocupar com quem ela vai casar”, brinca Jô Oliveira. O próximo passo é encontrar quem será o responsável por adaptar a peça de teatro para história em quadrinhos. “Seria bom uma pessoa de confiança de Suassuna. De preferência, quero uma adaptação para a linguagem da literatura de cordel”. A confecção da graphic novel deve levar de quatro a seis meses.

Jô Oliveira já ilustrou mais de 60 livros infantis, voltados para a educação e promoção da leitura. Futuramente, ele planeja adaptar Ariano Suassuna para crianças, assim como fez com obras de Shakespeare. “É possível transformar a história para o público infantil ter acesso ao texto de uma maneira menos pretensiosa, mas que desenvolva o gosto pela obra. Quando lido com o texto, utilizo desenhos narrativos, acoplados com a história. Tenho visão de educador”.

RELEMBRE >>> ASSISTA A UM TRECHO DE "O AUTO DA COMPADECIDA" NA ADAPTAÇÃO DE GUEL ARRAES



ILUSTRAÇÕES COMENTADAS 


 “É uma homenagem ao próprio Ariano Suassuna. A figura do cangaceiro está diante das Pedras do Reino ou Pedras Bonitas, supostamente encantadas, e que ficam entre os municípios de Serra Talhada e São José do Belmonte, no Sertão de Pernambuco”. 




“Essa faz referência à passagem de O auto da Compadecida em que João Grilo finge ter assassinado Chicó, para depois fazer despertá-lo com uma gaita supostamente dada pelo Padre Cícero. Isso tudo ele fez para enganar os cangaceiros”. 


 “Essa passagem mostra o momento em que João Grilo é julgado. O Satanás, com anel de advogado no dedo, aponta todos os pecados cometidos por ele, que reage abismado”.

DEPOIMENTOS >>>>>>>>>>>>>>

João Denys - diretor de teatro


  "A transposição entre plataformas é outra linguagem. Não há perigo algum. Quando você transpõe a literatura de Ariano para os quadrinhos, aquilo não é mais Ariano. É somente uma literatura perpassada pela imagem, pelo desenho. 

Pouco importa quem será o roteirista, se o próprio Ariano, se outro alguém, porque é algo novo, um outro estabelecimento de olhar. Não há essa história careta, ultrapassada de que vai "trair a obra". Desde sempre a obra de arte serviu de base para outras obras de arte, outras linguagens. Ariano já é tão louvado, que não corre nenhum risco, assim como não correm riscos o ilustrador e a nossa cultura”. 

 Thiago Corrêa – crítico literário e editor da Revista Vacatussa 


"Nada mais natural do que essa adaptação. Até me surpreende que só venha surgir agora. Há pelo menos oito anos, começou um movimento de levar obras consideradas clássicas para os quadrinhos, entre elas muitos contos de Machado de Assis. 

Naquela época, li alguns quadrinhos e notei que eles pecavam por serem muito fiéis ao texto original. No caso de O auto da Compadecida, por ser uma peça de teatro, acho que vai funcionar. Não precisa manter um "perfeito respeito" com a obra. Além do mais, é basicamente construída em diálogos, sem tanta descrição de cenários. Talvez seja mais fácil".
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Fellipe Torres - Diario de Pernambuco

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