Eu contava feliz a cada mês
Doze moças que havia namorado.
Hoje em dia ninguém vejo ao meu lado,
Meu futuro ficou sem direção.
Quando vem essa tal recordação
Eu suspiro dizendo com saudade:
“Se pudesse eu comprava a mocidade
Nem que fosse pagando à prestação.
Todo o filme da minha juventude,
A beleza se fez minha virtude
Quando tinha ao meu lado Madalena.
No meu peito restou essa safena
Não é musa pra ter no coração,
Porém ter é sinal de obrigação
Se quiser pouco mais longevidade,
Se pudesse eu comprava a mocidade
Nem que fosse pagando à prestação.
Permiti que o meu tempo fosse vago.
Hoje vejo que o tempo fez estrago…
Tornou nada o meu tempo (ou quase tudo).
Desse tempo o punhal pontiagudo
Fez sangrar sem dar valorização,
Pois quem tinha esse dom jogou no chão,
E eu falei para o tempo: “Majestade,
Se pudesse eu comprava a mocidade
Nem que fosse pagando à prestação.
O que é bom pouco a pouco se dissolve…
Pega o tempo, carrega e não devolve
Deixa claro cumprindo os seus ‘sinais’.
Eu sou contra essas leis universais…
Deveria pra cada cidadão
Existir outra chance, aí então
Ele iria escrever com mais vontade:
“Tô comprando de volta a mocidade
Nem que seja pagando à prestação.

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