Templário
da cruz perdida
Projetarei meus versos
Sem catapultas; sem câmeras
Classificando-os em lívidos e rútilos
Serão meu testemunho tácito; aceso
Atiçado ao bolorento bojo do tempo
O que fluiu até aqui, retinira em mim
E o que daqui adiante resistirá, enfim
Serão palavras cavalgadoras
De plagas nunca dantes cavalgadas
Em expressões devastadoras
Das vagas nunca dantes navegadas
Versos curtidos; intactos e convictos
Por escolhidas partículas compostos
Em ofício luminoso e árduo
Objetivos dispersos, qual fogo-fátuo
Quando expostos e dispostos
À luz do jogo prático
Refratários e, às claras, concebidos
À escuridão nunca dantes aclarada
Nunca esquecida; sempre venerada
À cruz perdida; longe encontrada
Sedimentos de artifícios abrasivos
Refulgidos à luz do imaginário
Sonidos de longínquas árias
Reacendidos de sucumbidas memórias
Quando à deriva, recompostos
Ofertados ao visionário
Enquanto preciosos; resguardados
Incontidos, em reflexivo relicário
Virgílio Siqueira
Fonte: Facebook
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