quarta-feira, 17 de julho de 2013

Poesia: A solidão nos engana, por Virgílio Siqueira














A solidão nos engana

A solidão nos engana
Ao nos envolver
E embalar
Com sonhos e ilusões

Ao nos afagar com escondidas farpas e garras
Ao se nos ofertar em ásperos voos
Com asas inebriantes

Alucinante candura
Falsa sensação de estar livre

Solidão é o que resta do resto
Do que nos detém, qual escombro
(Sobra do ardor; assombro e torpor)

Invisível fagulha de amor
Ânsia de fogo e bruma
Brinquedo que se desarruma

Sabor do vazio
Do claro/escuro do nunca

Recolhimento de memória
Que não mais se pronuncia

Minúcias de alados elementos
Do que não conquistamos
Vício do que não vicia

A solidão nos ilude
Ao nos envolver
E guardar em esquecimentos
Ou em pardas lembranças

Do que não mais somos
E do que não mais queremos ser

Virgílio Siqueira
Virgilio Siqueira

Fonte: Facebook 
(Virgílio Siqueira)

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