A
solidão nos engana
A solidão nos engana
Ao nos envolver
E embalar
Com sonhos e ilusões
Ao nos afagar com escondidas farpas e garras
Ao se nos ofertar em ásperos voos
Com asas inebriantes
Alucinante candura
Falsa sensação de estar livre
Solidão é o que resta do resto
Do que nos detém, qual escombro
(Sobra do ardor; assombro e torpor)
Invisível fagulha de amor
Ânsia de fogo e bruma
Brinquedo que se desarruma
Sabor do vazio
Do claro/escuro do nunca
Recolhimento de memória
Que não mais se pronuncia
Minúcias de alados elementos
Do que não conquistamos
Vício do que não vicia
A solidão nos ilude
Ao nos envolver
E guardar em esquecimentos
Ou em pardas lembranças
Do que não mais somos
E do que não mais queremos ser
Virgílio Siqueira

Fonte: Facebook
(Virgílio Siqueira)

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