quarta-feira, 26 de junho de 2013

Poesia: Marcos Rangel em dois Sonetos "Paixões Proibidas" e "Mentiras"




PAIXÕES PROIBIDAS

Não conheço o olhar que o amor esconde
Mas conheço o cheiro que a saudade tem
Pois quem sente um cheiro e guarda como ninguém
Anda sem caminho e sem saber pra onde

Amores comuns entre plebéia e conde
Em cantos poéticos já vi mais de cem
Só que o mais comum se encontra também
Com ode escondida não se sabe onde

Paixões arrasaram a vida comum
Uns ficaram juntos, outros sem nenhum
Acabaram soltos nas ruas da vida

Vi homens tombando virando bêbum
Num mundo perdido feito só mais um
Preso pelo cheiro de uma despedida.

MENTIRA

Recuso-me agora a compreender
Que não tenhas por mim nenhum afeto
Pois o mundo pra mim não é completo
Se um dia eu tiver que te esquecer

O meu peito insiste em saber
Por que é que de mim estás ausente
Me pergunta sofrendo descontente
E não sei ao meu peito o que dizer

Eu não quero a mim mesmo confessar
Que tu possas com outro se casar
E assim aumentar a minha dor

vou mentir pro meu peito que morreste
É melhor que dizer que me esqueceste
E eu assim eternizo meu amor

Marcos Rangel
Poeta Egipciense

Sonetos retirados do livro “Espelho” de Marcos Rangel

CANTIGAS E CANTOS

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