Raríssimo
manuscrito de Cancão (João Batista de Siqueira), um dos maiores poetas do Brasil, e que está sendo postado
aqui nessa matéria para todos os estudiosos, pesquisadores e colecionadores da
poesia. Uma obra raríssima guardada e
que estava em mãos privada até agora, faz parte do arquivo pessoal de Maria
José Braz. Um testemunho vivo que ela teve a generosidade de
honrar e presentear o nosso blog Cantigas
e Cantos com essa grande relíquia de seus acervos pessoais. Destaco ainda
para mais dois poemas manuscritos pelo autor e que postarei posteriormente.
Cancão
nasceu em 12 de maio de 1912, no Sítio Queimadas, município de São José do
Egito – PE. E faleceu em 05 de julho de
1982 em sua cidade natal. Deixou três livros publicados: “Meu Lugarejo”, ”Musa Sertaneja” e “Flores do
Pajeú” e alguns folhetos de cordel.
Grande amor
O teu rosto é uma flor
Pelas brumas rociado
Puramente bafejado
Das brisas do meu amor
Tens um gesto encantador
Alma perfeita e polida
A tua face é querida
Teus olhos duas estrelas
Permita Deus sempre vê-las
Todos momentos na vida
És das regiões polares
A mais delicada planta
Vives igual uma santa
Entre as toalhas lunares
Os gênios dos longos mares
Dão-te atração soberana
És a mais bela liana
Em forma de criatura
Nasceste da ninfa pura
Da maresia indiana
Duas almas bem unidas
São duas gotas de orvalhos
São duas rosas num galho
Das brisas favorecidas
São duas plantas erguidas
No campo das ilusões
Duas imaginações
Que numa só sendo brilham
No céu de dois corações
João Batista de Siqueira (Cancão )
Cantigas e Cantos


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