Acompanhado da sua banda – formada por Cristiano Pinho (guitarra), Lu de Souza (guitarra e violões), Michel Higor (teclados e acordeon), Marcus Vinnie (teclados), Rick de La Torre (bateria) e André Carneiro (baixo) –, ele deve apresentar ainda clássicos de seu repertório como “Borbulhas de Amor”, versão de Ferreira Gullar sobre música de Juan Luiz Guerra; de Luiz Gonzaga; e da parceria com Zeca Baleiro. “Aqui, é um show de grande público, o pessoal quer ouvir os sucessos”, justifica. “Estou doido para tocar no Ideal. Lá, eu conheço todo mundo, é onde jogo tênis, vai ser uma noite memorável. É pena que depois vou ter que pegar a estrada direto para Pernambuco”, antecipa Fagner. Os ingressos esgotaram já na última quarta-feira. Davi Duarte fará o show abertura.
Vindo de uma sequência de apresentações, Fagner comemora a receptividade que vem tendo, especialmente, em São Paulo. “Deu um trabalho danado ensaiar as músicas do disco. Eu toquei com a banda do Zeca (Baleiro). Foi filmado pelo Canal Brasil. Foi incrível. Segundo consta, foi o maior sucesso da Virada paulista”.
A repercussão do show, admite, pode resultar em outras apresentações, embora, a ideia inicial era uma única apresentação. “Faz só uma semana que tocamos. Naturalmente, devem surgir outros lugares. Tenho recebido contato já de orquestras querendo fazer o ‘Manera’”, pondera. O disco foi lançado originalmente pela Philips/Polygram em 1973 e chegou a ter, em uma segunda edição, a música “Canteiros” substituída por “Cavalo Ferro”, após a família da poetisa Cecília Meirelles reclamar os créditos da letra da canção. Uma terceira edição, de 1991, em CD, manteve a sequência com “Cavalo Ferro”.
Reedição
No aniversário de 40 anos do LP, a Universal Music, que adquiriu o acervo da Polygram, prepara uma edição de luxo do disco, que deve incluir, além das faixas lançadas, material original inédito, gravado na época por Fagner. “A Universal está preparando algo bem especial, mas não sei exatamente o que é. Sei que tem faixas que gravamos e não entraram, como ‘Caixa de Segredos’, minha e do Dede Evangelista. Tem versão de ‘Canteiros’ mais alongada, que eu vim conhecer agora no ensaio para o show. Editaram faixa com cinco minutos”, ilustra. Fagner possui ainda material inédito gravado para o lançamento de seu próximo disco, que ele evita dar detalhes sobre o repertório e de quando vai lançar.
“O disco está bem adiantado, venho fazendo há mais de um ano. Mas está faltando tempo. A palavra é essa”, diz. Do pouco que revelou, o novo trabalho deve ter, pelo menos, três parcerias com Zeca Baleiro, também com o piauiense Clodo e o velho companheiro Fausto Nilo. “Muita coisa, eu já gravei. Devo incluir uma versão de ‘Paralelas’ (de Belchior). Primeiro tenho que definir o repertório. Vamos fazer, depois penso em lançar”, encerra. Fica a expectativa de que venha mais uma leva de boas canções para embalar shows como o desta noite.
Mais informações:
Show de Raimundo Fagner.
Hoje, às 22 horas, no Ideal Clube
(Av. Monsenhor Tabosa, 1381 - Meireles). Ingressos esgotados.
Contato: (85) 3248.5688
Fábio Marques
Repórter
Nenhum comentário:
Postar um comentário