quinta-feira, 25 de abril de 2013

POLÊMICA: Tom Zé defende-se das acusações dos feicebuquianos


Tom Zé, o príncipe que virou sapo, defende-se no Tribunal do Feicebuqui. E Tribunal do Feicebuquinome dá nome ao seu próximo disco, segundo volume da série Imprensa cantada, iniciada há dez anos, com um CD em que questiona a censura, e comenta o epísódio das vaias num show de João Gilberto (Vaia de bêbado não vale).  Desta vez, ele imortaliza em disco, os ataques, em voláteis posts no Facebook, que sofreu de internautas por ter participado, como narrador de um comercial da Coca-Cola,  em março deste ano.

“Nasceu aos 22 dias do mês de abril, sob o signo de In-Touro-Net, o filho do coca-colismo espermatizado pelos amigos do Tom Zé”, anuncia o filho dileto de Irará (BA), o nascimento de Tribunal do Feicebuqui. Parto que teve como parteira Neusa Martins, como padrinhos Daniel Maia, Emicida, Filarmônica de Pasárgada, Tatá Aeroplano, O Terno e Trupe Chá de Boldo.



Cinco das músicas do disco, que se promete será lançado fisicamente foram liberada para download gratuito (no site do cantor (tomze-com.br). Tribunal do Feicebuqui (Marcelo Segreto/Gustavo Galo/Tatá Aeroplano/Emicida), Zé a zero (Tom Zé/Marcelo Segreto/Tim Bernardes), Tai ((Joubert de Carvalho/Tom Zé/Marcelo Segreto), Papa Francisco perdoa Tom Zé (Tim Bernardes), e Irará iralá (Tom Zé).

Tai (pra você gostar de mim), marchinha que Joubert de Carvalho fez para Carmem Miranda, que a gravou em 1930, tem a ver com a polêmica. já que o sucesso da cantora  nos Estados Unidos, levou os fãs brasileiros a acusarem a cantora de ter se tornado americanizada. Mais ou menos o que levou os internautas a criticarem Tom Zé em post no Facebook.

Na letra de Tribunal do Feicebuqui, Tom Zé defende-se de acusações semelhantes, ironizando: “Vendido, vendido, vendido/a preço de banana Já não olha mais pro samba/tá estudando propaganda/que decepção/traidor, mudou de lado/corrompido, mentiroso/seu sorriso engarrafado/mão ouço mais, eu não gostei do papo/pra mim é o príncipe que virou sapo/onde já se viu? Refrigerante!/e agora é a Madalena arrependida com conservantes”.

Baiano de não levar desaforo pra casa, Tom Zé não deixou sem respostas as acusações de vendidos, que se disseminaram na rede social Facebook, pela sua participação num comercial do refrigerante, que já foi chamado, nos anos 60, de “a água negra do imperialismo”. Revidou com posts em seu blog. Em 8 de março ele escreveu: “Quando o anúncio saiu na TV, imaginei que até as opiniões contrárias eram uma espécie de comemoração por eu aparecer com status de locutor de uma propaganda grande. Mas agora, quando perco o sono por causa do assunto... não, agora eu estou preocupado”. Felizmente se preocupou. A críticas dos feicebuquianos, rendeu mais uma série de impagáveis canções do mais irrequieto dos artistas da música brasileira.

José Teles
JC

Nenhum comentário:

Postar um comentário