domingo, 14 de abril de 2013

Poesia: Soneto de Marcos Rangel, poeta Egipciense



Reflexo

Eu verei meu espelho num lugar
Por um simples capricho, hora e tempo
Mas sabendo que falta o sentimento
Me obrigo as tratá-lo por tratar

Já falei outras rimas sem amar
Fui um réu condenado num momento
Meus sonetos de amor joguei ao vento
E as rimas voaram pelo ar

Deverei meu caminho prosseguir
Deverás nunca mais um verso ouvir
E dizer por ventura esse é meu

Saberás que deixei de te seguir
Quando um dia um soneto aplaudir
E eu disser esse verso não é teu.

É preciso que não tenhamos medo do nosso olhar no espelho, se isso acontece, falta dizer alguma coisa que não pode calar, porque se não for dito, todos os dias o mesmo reflexo estará ali, a nos cobrar palavras ou decisões que hoje ou algum dia deveremos enfrentar.

Marcos Rangel

Soneto e texto extraído do livro “Espelho” de Marcos Rangel.


Cantigas e Cantos

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