quarta-feira, 17 de abril de 2013

Poesia: 19 de abril >> Auditório do Espaço Pasárgada tem Mesa de Glosas


A glosa e sua origem

"A glosa, de origem grega, é um termo confuso, obscuro que tanto pode significar censura, como recusa, comentário, crítica até mesmo uma anotação interlinear. Mas a nossa glosa, brasileira, expressa através dos glosadores nordestinos, coloca-se dentro da poesia da nossa lavra popular oral, assim como as dos nossos cantadores, porém sem o uso da viola. É uma décima setessilábica que poderá se iniciar em cima de um mote dado pela cumplicidade da plateia, ou de maneira livre o que não é usual.
A história registra a presença de alguns glosadores do Nordeste que estão às margens das nossas lembranças por se tratar de uma atividade praticamente em desuso, apesar de alguns focos de resistência, mas que não nos dá ainda um prazer consolidado de uma volta. O celeiro é forte e imortal. Só nos resta acreditar e torcer para que possamos saborear desse manjar que ainda está distante. No Sertão do Pajeú pernambucano, existe um grupo que funciona como um canal de resistência, sendo que na cidade de Tabira, um grupo de glosadores já extrapola os limites sertanejos no momento em que viaja para se apresentar na capital do Estado.
Glosadores do passado da lavra nordestina, como: Lobo Manso e Zé de Matos, do Ceará; Moiséys Lopes Sesyon, do Rio Grande do Norte; Luís Dantas Quesado e Belarmino Fernandes de França, Paraíba; Manuel Nenem, José Bernardino e Lourival Batista (esse, genial cantador), de São José do Egito; Pacífico Pacato, Cordeiro Manso e Chico Nunes das Alagoas. Todos personagens dos séculos XIX e início do século XX, incendiaram plateias por demais especializadas dos Estados nordestinos sem o uso da viola, que é uma característica da glosa, portanto, sem os trinados das cordas de aço, com exceção daqueles que exerciam as funções de cantador e glosador."

- Ésio Rafael.

Fonte: Clécio Rimas (Via facebook)

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