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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Música: Zeca Pagodinho comemora 30 anos de carreira relembrando sambistas que o influenciaram

Zeca Pagodinho divulga seu DVD que comemora três décadas de <a title="Click to Continue > by Browse to Save" id="_GPLITA_1" style="text-decoration:underline" href="#" in_rurl="http://i.trkjmp.com/click?v=QlI6Mjc2MTc6ODk1OmNhcnJlaXJhOjc0NzUyYzJjMTZjOGQ5ZWU4YjQ2YjI5YzZjN2I5MDQ1OnotMTA2My0xNTIxOTpwdWJsaWNhZG9yLmludHJhbmV0OjIwMTA1OjQ1YWU5Y2MzOTY2ZjA4ZjU3ODA1ZWQzNWJhZDExN2Q3">carreira</a>

Prestes a lançar o CD e DVD "Zeca Pagodinho 30 Anos, Vida que Segue", que celebra três décadas de carreira, Zeca recebeu a imprensa em um hotel na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, para contar detalhes da produção do trabalho. Gravado em dois shows em 4 e 5 de dezembro do ano passado, o lançamento, em vez de fazer um apanhado da trajetória do artista, como era de se imaginar, reúne grandes sambas do passado, de autores que o influenciaram.
A lista de homenageados inclui Candeia ("Preciso Me Encontrar"), Zé Kéti e Elton Medeiros ("Mascarada"), Paulinho da Viola ("Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida") e Adoniran Barbosa ("Trem das Onze"), entre outros. O material será lançado no dia 23 de maio. 
Também compila clássicos como "Aquarela Brasileira" (Silas de Oliveira"), "Volta Por Cima" (Paulo Vanzolini) e "Quem Parte Leva Saudade" (Francisco Scarambone). De quebra, o CD e DVD conta com a participação de convidados como Paulinho da Viola, Marisa Monte, Velha Guarda da Portela, Yamandú Costa, Hamilton de Holanda,  Roberto Menescal e outros.
A escolha dos convidados, segundo o próprio Zeca Pagodinho, foi natural, por afinidade. "Eu mesmo convidei a Marisa, o Paulinho... Já o Leandro Sapucahy eu encontrei no shopping. Como eu gosto dele, o convidei para gravar comigo. Ele representa bem a juventude, a geração dele", elogiou.
AgNews

A única faixa inédita no trabalho é "É Vida Que Segue (Por que Não?)", de Serginho Meriti, Rodrigo Leite e Cocão. A música, que não estava prevista para ser incluída, mas acabou batizando o lançamento, foi gravada em forma de clipe com a participação de Xuxa e do coro dos alunos da Escola de Música do Instituto Zeca Pagodinho.
"Essa música não tinha a ver com o projeto, mas ela me tocou e tocou quem a ouviu. Quando o Serginho cantou a música todo mundo parou, e eu decidi que iria gravá-la com as crianças de Xerém", conta o cantor.
Com 30 anos de estrada, Pagodinho acredita que tenha se tornado uma referência no meio do samba porque sempre procurou fazer o melhor e trabalhar com os melhores. Um exemplo disso é o próprio projeto que comemora esses 30 anos. Em vez de rearranjar antigos sucessos seus, o artista preferiu citar suas referências musicais e apresentar essa herança às novas gerações.
"Quem viveu essa época, vai lembrar e gostar. E quem não viveu, vai conhecer. A gente procurou fazer os arranjos como eles eram. A opção por esse repertório é porque foi onde eu comecei, é sobre a minha paixão pelo samba, pela música brasileira. A partir daí, a vida me levou e fez de mim um artista", justifica.
Uma outra paixão talvez explique a escolha por esse repertório que remete a uma outra época, mais romântica, do samba e da música brasileira em geral: a admiração pela Velha Guarda. Em especial, a da Portela, sua escola de coração. Os encontros com antigos sambistas não apenas moldaram a música e o caráter de Zeca Pagodinho, como foram seu passaporte para o meio artístico.
"Quando a gente os vê cantando, eles têm uma organização que é só deles. Os violões, o cavaquinho, o jeito de cantar... Há um respeito, uma coisa meio mística. É uma preciosidade. E eu comecei no primeiro Terreiro da Portela, na casa da Tia Doca, onde mostrei meus primeiros trabalhos. O samba era tocado baixo, a gente ouvia o cantor. Às vezes, eles deixavam a gente cantar uma música, porque nossa batida era diferente, e eles torciam o nariz", recorda.
Bem-humorado, como de costume, Zeca Pagodinho admitiu que, no repertório com 19 músicas que compõe o CD e DVD, uma lhe deu mais trabalho do que ele imaginava: "Mascarada". Ainda assim, e apesar dos apelos da família, ele enfrentou o desafio e conseguiu decorar a letra e achar a forma ideal de interpretar a canção. 
"A gente cantava essa música em casa quando eu era garoto, mas de algumas partes eu não lembrava mais. Meu medo era errar em um show para a imprensa e convidados. Ouvi a música umas 500 mil vezes. Ninguém lá em casa aguentava mais. Mas eu encarei e gravei de primeira", orgulha-se.
O bom humor virou piada, definitivamente, quando o cantor foi perguntado sobre o que ele lembra, quando coloca a cabeça no travesseiro, sobre esses 30 anos de carreira e os muitos altos e baixos de uma trajetória musical. "Quando eu boto a cabeça no travesseiro há muitos altos e baixos porque eu bebo muito durante o dia." 
Outro momento divertido do bate-papo foi quando Pagodinho foi questionado sobre se aceitaria participar da abertura dos Jogos Olímpicos, caso fosse convidado. Eterno malandro, o artista não perdeu a oportunidade. "Com essa pinta de atleta? Olimpíada de quê? Essa foi do c…! Ta maluco?! A bola está aqui na barriga!." 
Mas quem é bom sabe fazer piada e sabe falar sério. Cidadão engajado e um apaixonado declarado pela localidade de Xerém, na Baixada Fluminense, Zeca lamenta que, a despeito das últimas enchentes que colocaram, de forma negativa, a região na mídia, nada tem sido feito pelo poder público para mudar a situação.
"Lá já não tinha nada. Agora tem nada menos 50. Vejo o mínimo ser feito por lá. Continua tudo do mesmo jeito, improvisado, com ponte quase caindo, ponte quebrada... O Governo Federal diz que a responsabilidade é do Estadual, que diz que é do Municipal, que diz que é do Federal. O que eu sei é que tem gente ficando rica às custas da tragédia dos outros."
Depois do desabafo, Pagodinho voltou a descontrair o ambiente ao pedir água, algo raro para um notório cervejeiro. Mas o cantor se saiu bem ao justificar o pedido. "É só hoje, porque eu estou com um problema na garganta. Fico até constrangido. Mas se o meu médico bobear, daqui a pouco eu vou abrir uma ali escondido".
Para os próximos 30 anos, Zeca Pagodinho diz que deixa nas mãos de Deus, mas que pretende continuar tomando sua cerveja e cantando samba. De preferência, ao lado dos velhos amigos com quem costuma dividir o palco em suas apresentações. "Eu os conheci no morro, no botequim, e não no palco. Na hora de tocar, tem que tocar, não pode jogar água pra fora da bacia. Mas, fora do palco, é tudo compadre."

Alexandre Coelho 
Do UOL, no Rio de Janeiro

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