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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Música: Sérgio Dias lança novo disco dos Mutantes e lamenta não conseguir tocar no Brasil

·  Depois de reunir 3 mil jovens em show numa fazenda em Santa Catarina, guitarrista sonha fazer turnê do disco 'Tudo foi feito pelo Sol', de 1974
·  O álbum ‘Fool metal Jack’ chegará ao Brasil via iTunes
·  ‘A relação humana é muito difícil, mas meu amor por eles é muito maior’,  diz ele sobre Arnaldo e Rita Lee
Sérgio Dias lança disco novo dos Mutantes e diz que gostaria de tocar mais no Brasil Foto: Divulgação
Sérgio Dias lança disco novo dos Mutantes e diz que gostaria de tocar mais no Brasil Divulgação

RIO - Os Mutantes atacam novamente. Desta vez, personificados em um só integrante dos tempos idos: o guitarrista Sérgio Dias. A banda, que fez história nos anos 1960 e 1970 — com Sérgio, seu irmão Arnaldo Baptista e Rita Lee — e voltou a tocar em 2006, lançará um novo disco no dia 30 de abril, com 12 faixas, as quais abordam a crise que os cidadãos enfrentam na América atualmente. O álbum “Fool metal Jack” — cujo nome faz alusão ao filme “Full metal jacket” (“Nascido para matar”), dirigido por Stanley Kubrick em 1987 — chegará ao Brasil apenas digitalmente, pelo iTunes, pois as principais gravadoras no país não têm procurado o conjunto, segundo Sérgio Dias. Ele também se queixa dos grandes produtores nacionais que restringem a liberdade de criação do artista.

— Se ouvíssemos as opiniões do mercado, não teríamos lançado nem o primeiro disco — lembrou Sérgio, que está morando em Las Vegas. — O público está do nosso lado, mas as gravadoras não se interessam por nós. Tudo é tão ao deus-dará. O que aconteceu conosco, ninguém fez por nós. Se me perguntassem em 2005 se eu estaria tocando com Os Mutantes, daria risada. Quando voltamos, não tínhamos empresário, nada. De repente, estávamos tocando nos Estados Unidos, Canadá, França e Cingapura.


O grupo, que já passou por várias formações, fazendo jus ao nome, desta vez tem, além de Sérgio, Esmeria Bulgari (voz e percussão), Vinicius Junqueira (baixo), Vítor Trida (guitarra e voz), Amy Crawford (teclado e voz) e Ani Cordero (bateria, percussão e voz). Para o guitarrista, o trabalho da banda “atravessa o tempo”.
— Não há gratidão maior para um artista do que ter gerações seguintes o admirando, a sua música sobreviver a você. Ninguém tira de qualquer geração que exista o sentimento de ser indestrutível aos 13 anos. Então, não importa se uma música idiota aparece, pois outras 30 boas aparecerão — diz ele, que acha fenômenos virais como “Gagnam style”, do sul-coreano Psy, “loucuras” divertidas.

'Tudo foi feito pelo Sol'

Sérgio fala do amor das novas gerações com conhecimento de causa. No dia 30 de dezembro de 2012, ele, Túlio Mourão (teclado), Antônio Pedro de Medeiros (baixo) e Rui Motta (bateria) – todos membros da formação da banda em 1974 — fizeram uma apresentação histórica no Festival Psicodália, realizado na pequena cidade de Rio Negrinho, em Santa Catarina. Tocaram, na íntegra, o disco “Tudo foi feito pelo Sol”, lançado naquele mesmo ano. O grupo conseguiu reunir mais de 3 mil pessoas, predominantemente jovens, de diversos cantos do país, em uma fazenda de difícil acesso. O guitarrista conta que ele e seus parceiros estão dispostos a levar o show do álbum para outras cidades brasileiras, mas faltam propostas.

— Nunca tivemos problema algum em relação ao público. Ele é tão grande, tão maravilhoso. Uma coisa que nunca consigo entender é como é que não estamos tocando por aí. Em todo lugar onde nos apresentamos há 80 mil, 60 mil pessoas. O show de “Tudo foi feito pelo Sol” foi absurdo. Como é que não temos possibilidade de fazer em outros lugares do Brasil? — pergunta Sérgio.

Arnaldo sobre Sérgio: afastamento musical

O guitarrista está sem conversar com o irmão, Arnaldo Baptista, desde 2007, época em que este ainda integrava Os Mutantes. Sérgio também perdeu contato com Rita Lee desde o último Rock in Rio, em 2011, quando se falaram pelo telefone. Ele diz que seu amor por Arnaldo e Rita é eterno e que adoraria voltar a tocar com os dois.

— Eu respeito as pessoas. Não vou me impor a elas. Quem quiser me encontrar, estarei de braços abertos. Não tenho ressentimento algum. A relação humana é muito difícil, mas meu amor por eles é muito maior. Tenho um imenso respeito pelo que a vida fez, de ter nos colocado juntos. Só posso abaixar a cabeça e dizer muito obrigado — afirmou Sérgio.

As versões dos irmãos para o afastamento são desencontradas. Sérgio Dias diz que a esposa de Arnaldo Baptista, Lucinha Barbosa, o impediu de se aproximar do irmão. Arnaldo, por sua vez, afirma que o motivo foi essencialmente musical.

— O Sérgio escolhia as guitarras que eu mais odiava. Ele considera amplificadores valvulados frágeis e dificílimos de ligar, mas são melhores porque valorizam mais os sons graves. Na minha última turnê com o grupo, fiquei decepcionado por não termos usado nenhum valvulado. Sérgio nunca podia me visitar em Belo Horizonte, mas tive de ir à São Paulo ensaiar várias vezes. Sinto saudade dele, mas não totalmente por causa dessas questões — esclareceu Arnaldo, que também pretende lançar um novo álbum em breve, chamado “Esphera” — Nesse disco, defendo o investimento em eletricidade solar e eólica por um mundo que cause menos poluição.

LARISSA FERRARI
o globo

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