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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Música: Justiça concede a João Gilberto o direito de reaver seus clássicos da bossa nova

O cantor João GilbertoO músico João Gilberto está prestes a reaver o controle sobre três discos que definiram a bossa nova. Na última sexta-feira (26), a juíza Simone Dalila Nacif Lopes, da 2ª Vara Civil do Rio, concedeu liminar que obriga a gravadora EMI a entregar ao compositor as "masters" dos LPs "Chega de Saudade", "O Amor, o Sorriso e a Flor" e "João Gilberto", além do compacto vinil "João Gilberto cantando as músicas do filme Orfeu do Carnaval".
No jargão da indústria fonográfica, master é a matriz de um disco que dá origem à produção das cópias autorizadas. Com a decisão, João Gilberto pode ter a chance de relançar seus três clássicos, que deixaram de ser produzidos em 1992, no curso da briga judicial com a EMI.
A juíza determinou que as matrizes sejam entregues pela gravadora até quarta-feira da próxima semana (8 de maio) no escritório do representante do músico na ação, o advogado Flávio Antônio Esteves Galdino. Caso descumpra a determinação, a EMI terá de pagar multa estipulada em R$ 100 mil e haverá uma operação de busca e apreensão do material.
Em sua decisão, Simone Lopes justificou a importância da transferência imediata dos discos para o autor: "é evidente a urgência de viabilizar que João Gilberto, aos 81 anos, possa se debruçar sobre sua obra para atualizá-la, com os recursos tecnológicos contemporâneos e sob seu crivo de qualidade, havendo inegável risco de o artista já não ter condições para tanto, se esperar pelo julgamento final."


A EMI não pode produzir novas cópias e comercializar os discos de João Gilberto sem sua autorização. Por isso, na avaliação da juíza da 2ª Vara Civil, com as matrizes em posse da gravadora "a obra-prima de João Gilberto permanecerá aprisionada, sem que o público, seu verdadeiro destinatário, possa dela usufruir".
Uma coletânea lançada em 1987 pela EMI deu início à disputa judicial. Sem a autorização de João Gilberto, a gravadora reuniu os três LPs em um álbum triplo, batizado como "O Mito", no mercado brasileiro. Nos Estados Unidos, o mesmo álbum foi comercializado como "The Legendary João Gilberto".
Além de não ter participado da concepção deste subproduto de sua obra, o compositor acusou a gravadora de distorcer a sonoridade das músicas originais durante a produção do novo disco. A ordem das faixas também acabou alterada pela EMI.
Em 2011, o Superior Tribunal de Justiça reconheceu as alterações nas canções remasterizadas e condenou a EMI a indenizar João Gilberto "por violação ao direito moral do autor".
Apesar da decisão favorável do STJ, as matrizes dos álbuns "Chega de Saudade", "O Amor, o Sorriso e a Flor" e "João Gilberto" permaneciam como propriedade da EMI e, portanto, impossibilitadas de voltar ao mercado.
Na véspera do aniversário de 80 anos de João Gilberto, o escritor Ruy Castro lamentou a ausência dos LPs em sua coluna na Folha: "Imagine se os profetas do Aleijadinho estivessem, não expostos no adro da igreja, mas encaixotados e recolhidos a um almoxarife em Congonhas. Ou que, tantos anos depois de estreada, a peça 'Vestido de Noiva', de Nelson Rodrigues, não pudesse mais ser encenada. Ou que o romance 'Grande Sertão: Veredas', de Guimarães Rosa, já consagrado, não fosse mais reimpresso."

Procurada pela Folha, a direção da EMI não se pronunciou sobre o assunto.
Advogado de João Gilberto, Flávio Antônio Esteves Galdino preferiu não conceder entrevista sobre o caso.

FABIO BRISOLLA
DO RIO

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