A Volver se apresenta, sexta-feira, pela
quarta vez no Abril pro Rock. Um recorde para uma banda que trafega na
contramão da cena pernambucana, e há quatro anos, fixou o centro de ação em São
Paulo. Desta vez o show da banda no APR tem um sabor especial. A Volver celebra
dez anos de estrada. No sábado, a partir das 18h, na Livraria Cultura, o
quinteto participa de sessão de autógrafos, do quarto álbum da Volver, Próxima
estação, e faz um pocket show.
Bruno Souto
)vocal e guitarra), Kleber Croccia (guitarra), Thiago Nistal (bateria), Augusto
Passos (baixo), Missionário José (teclados), formam a Volver, uma das poucas
bandas assumidamente pop surgidas no Recife na última década. Um dos poucos
remanescentes de uma onda pop que varreu as praias e marés da Região
Metropolitana no começo dos anos 2000, grupos que não renegavam os ritmos
regionais, porém estavam muito mais para o rio Mersey (em Liverpool), do que
para o Capibaribe:
“Quando a
gente começou sabia que não ia receber o carimbo de música pernambucana, a
estética nossa não dialogava com o que acontecia no Recife, uma cidade que não
tem uma tradição de música pop. Não vejo nas bandas locais, alguém, por
exemplo, abrindo uma canção com vocais tipo Beach Boys”, comenta o vocalista
Bruno Souto, em conversa por telefone, de São Paulo.
Volver se prepara para gravar o quinto álbum, mas avisa que o show do festival deve se basear em Próxima Estação, disco lançado em 2012 |
Embora a
capital paulista seja o destino de nove entre cada dez músicos pernambucanos
que sai do estado, Nação Zumbi, Mombojó, China, Lirinha, alguns dos principais
nomes de Pernambuco, hoje é local em São Paulo. A Volver já conquistou seu
espaço na cidade, mas não faz parte de nenhum grupo de conterrâneos na capital
paulista. Lá como aqui, corre fora da raia:
“A gente não
tem contato com esta turma, talvez porque nunca nos conhecemos no Recife. Não
tem nada a ver com estética musical. Não acho que se vá fazer amizade com
alguém por causa disto. A gente se dá bem com Siba, mas porque nos conhecemos
há algum tempo. Porém, claro, tem um certo tipo de músico, de público intelectualizado,
indie bitolado, uma galera que tem medo do pop”, analisa Souto.
A banda optou
por São Paulo pela maior oferta de oportunidades: “Aqui você tem o interior,
onde rola muito show, e depois tem a rede do Sesc e do Sesi que cobre uma área
grande, e paga bem”, diz Bruno Souto, lembrando que a Volver não toca no Recife
desde agosto do ano passado, quando lançou o CD Próxima estação (incluído na
lista de Melhores do Ano, pela revista Rolling Stone).
E complementa: “Mas o fato de tocarmos pouco ai não implica que não somos bem recebidos. Acho inclusive que o melhor público da banda está no Recife. Acho que o show no APR será mais legal do que o do lançamento do disco, que foi no Forte do Brum, depois da meia-noite”, o repertório do show sexta será basicamente o de Próxima estação, com canções dos três discos anteriores.
E complementa: “Mas o fato de tocarmos pouco ai não implica que não somos bem recebidos. Acho inclusive que o melhor público da banda está no Recife. Acho que o show no APR será mais legal do que o do lançamento do disco, que foi no Forte do Brum, depois da meia-noite”, o repertório do show sexta será basicamente o de Próxima estação, com canções dos três discos anteriores.
Jornal
do Commercio
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