Maíra Zimmermann, que lançou
recentemente 'Jovem Guarda: Moda, Música e Juventude', vai manter o título à
venda, apesar de notificação extrajudicial dos advogados do cantor, que exige o
recolhimento dos exemplares
Espantada
com o burburinho produzido pelo lançamento de seu livro, Jovem Guarda: Moda Música e Juventude, a pesquisadora Maíra
Zimmermann diz que vai manter a obra, com tiragem de apenas 1.000 exemplares, à
venda. A dissertação de mestrado feita com subsídios da Fapesp sobre a moda e o
comportamento dos jovens brasileiros nos anos 1960 foi alvo de notificação extrajudicial
de Roberto Carlos. Por meio de advogados, o cantor deu o prazo de dez dias para
o livro ser retirado das livrarias. Na notificação, ele alega ter tido
informações da vida pessoal remexidas pela obra. "Não consigo imaginar
qual passagem do livro deu margem a essa interpretação. Tenho a impressão de
que ele nem leu a obra", diz a autora.
Maíra
explica que se referiu a Roberto Carlos, no livro, como um dos expoentes do
contexto cultural dos anos 1960. "Analiso seu figurino para mostrar como a
roupa foi importante para revolucionar o padrão estético no período."
Maíra conta que embasou sua dissertação em extensa pesquisa realizada em
revistas publicadas nas décadas de 50 e 60.
Em
entrevista ao jornal O
Estado de S. Paulo,
o advogado do cantor, Marco Antonio Bezerra Campos, diz que seu cliente
não gostou da forma como foi retratado na caricatura que estampa a capa do
livro e também de não ter sido procurado pela pesquisadora antes do
lançamento.
A autora e a
editora Estação das Letras e Cores, reponsável pela publicação, emitiram uma
contranotificação aos advogados do cantor em que defendem o direito
constitucional de informar a população sobre o movimento cultural da Jovem
Guarda. Eles aguardam uma resposta da outra parte. .
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