O disco “Getz/Gilberto”, um dos mais importantes da bossa nova, teve sua assinatura na engenharia de som
NOVA YORK - Produtor musical vencedor de 14 prêmios Grammy,
com um currículo recheado de nomes como Frank Sinatra, Barbra Streisand, Bob
Dylan, Ray Charles, Paul Simon e Billy Joel, Phil Ramone ficou mais conhecido
no Brasil por seu trabalho no disco "Getz-Gilberto", de 1964, que
uniu o criador da batida da bossa nova ao saxofonista Stan Getz, mostrando ao
mundo o gênero musical forjado em solo nacional.
Nascido em 5 de janeiro de 1941 na
África do Sul, Ramone foi um prodígio do violino na infância, tendo se
apresentado para a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, aos 10 anos. Depois de
se transferir para Nova York, nos anos 1950, ele trabalhou como compositor e
engenheiro de som, até tornar-se produtor, ofício que mais tarde lhe renderia o
apelido de Papa do Pop. Seu primeiro Grammy (como engenheiro de som), veio
justamente com o encontro entre Getz e João Gilberto, um dos discos de jazz
mais vendidos da História. O álbum, que contou com o piano de Tom Jobim e
lançou Astrud Gilberto (então mulher de João) como cantora, trazia versões em
inglês de clássicos da bossa nova como "Corcovado" e "Garota de
Ipanema".
Em seu currículo também estão discos de
sucesso como "A happening in Central Park", de Barbra Streisand
(1967), "Ram", de Paul e Linda McCartney (1971), "Blood on the
tracks", de Bob Dylan (1975), "Still crazy after all these
years", de Paul Simon (1975) e "Duets", de Frank Sinatra (1993).
"Músicos são prodígios, é preciso
cuidado no trato com eles", disse Ramone, certa vez, em uma entrevista.
Phil Ramone estava internado há um mês
por causa de um aneurisma da aorta. Ele morreu na manhã de ontem, aos 72 anos,
deixando viúva, Karen, e os filhos Matt, BJ e Simon.
O GLOBO, COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O GLOBO, COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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