segunda-feira, 15 de junho de 2015

Poesia: "Desprendimento", um soneto de Gilmar Leite


DESPRENDIMENTO


Como vim para o mundo sem ter nada,
Também não levo nada após a vida,
Trouxe apenas minha alma enternecida
Deixo aqui algum verso em revoada.

Para o mundo, eu deixo minha estrada,
Dos afetos, da forma mais querida;
Os degraus do sorriso na subida
E o registro do bem na caminhada.

Do sutil coração deixo a riqueza
Dos amigos que fiz com singeleza
Construídos com flores da aliança.

Deixo o amor, a justiça e a bondade,
Levo apenas os lírios da vaidade
De alguns versos falando da criança.


Gilmar Leite
Gilmar Leite

Fonte: Blog Águas do Pajeú

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