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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Poesia: “Sou mais um retirante sem destino, que só levo saudade na bagagem”, um mote glosado por Nonato Costa


“Sou mais um retirante sem destino
Que só levo saudade na bagagem”


Pra sair ou chegar não marco a hora
Dos limites da sorte eu saio e entro
A tristeza furando o peito adentro
A vontade cortando o mundo afora
Não faltou-me saúde até agora
Mas saúde sem fé não tem vantagem
Qualquer sombra me serve de hospedagem
No calor do verão do sol a pino
Sou mais um retirante sem destino
Que só levo saudade na bagagem

Qualquer passo que dou, vou mais distante
Sem família, sem lar e sem ter clã
Se o meu hoje está longe do amanhã
O meu ontem tá muito mais distante
Queima os pés na orelha causticante
Me encadeio nas luzes da miragem
Se o meu filme não for longa metragem
Mas no ‘Oscar’ da vida eu tiro um filme
Sou mais um retirante sem destino
Que só levo saudade na bagagem

Saudosista, carente e andarilho
Me levanto pensando a lágrima cai
Sinto tanto a ausência do meu pai
Mas nem sei se ele sente a de seu filho
Cabisbaixo, abatido, maltrapilho
Visto ao longe eu pareço uma visagem
Precisando ganhar uma roupagem
Pra voltar a sonhar feito um menino
Sou mais um retirante sem destino
Que só levo saudade na bagagem

Transportei tanta carga negativa
Que hoje estou condenado à maldição
Que o meu peito conduz um coração
Que ameaça explodir como uma ogiva
Tou fazendo contagem regressiva
Pra saber quem foi eu noutra passagem
Comecei a fazer essa contagem
Mas não posso afirmar quando termino
Sou mais um retirante sem destino
Que só levo saudade na bagagem


Nonato Costa
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