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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Poesia: “Sinto a nossa esperança se queimando na fogueira da seca nordestina”, um mote glosado por Moacir Laurentino


“Sinto a nossa esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina”

Esperei a zoada do trovão
Para vir acabar  meu aperreio
Não ouvindo o trovão o bombardeio
Pra crescer toda minha animação
O que veio foi a crise do verão
Na passagem perversa e assassina
Meio dia o sol que ilumina
Pois é brasa que vem me incendiando
Sinto a nossa esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina

Nunca mais escutei a passarada
Exibindo na mata a sua voz
O canário pousar pelos cipós
Na manhã que travessa a madrugada
Nem ouvir mais a voz abençoada
Dum canário que cedo se afina
Meu desejo é um galo de campina
Para vê-lo cantar se arrepiando
Sinto a nossa esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina

O feijão estendeu-se pelo chão
Melancia vingou mais não cresceu
O inverno que é bom se escondeu
Eu passei a maior decepção
A fogueira tremenda do verão
Nessa crise que é quase assassina
Se cavar areia ela não mina
E tem um pote de lata ainda guardando
Sinto a nossa esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina

Nunca mais avistei no meu roçado
Uma vinga de verde melancia
E um jerimum que eu também tanto queria
Para vê o jerimum belo vingado
Pela seca tou sendo castigado
Que essa crise perversa me domina
A boneca de milho pequenina
Tem a brasa do sol se incendiando
Sinto a nossa esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina

Moacir Laurentino
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