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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 14 de março de 2015

Poesia: "O chifre e as consequências!!!", um poema de Carlos Aires

chifrudos

O chifre é muito importante
Pra diversos animais;
Seja usado como arma,
Ou peças ornamentais;
É facilmente encontrado,
Na cabeça do veado,
No boi, na rena, ou no bode,
No carneiro, bem se aprova;
Portanto, aí está a prova,
Ter chifre é só pra quem pode.
Porém entre o ser humano
É mera figuração;
Aparece como símbolo,
Da farsa, da traição;
Quando alguém é “corneado”,
Fica bastante irritado,
E agride com bala ou faca,
Quem dirigir-lhe chacota;
Ou por outra a quem lhe bota,
Os tais “biliros de vaca”.
Essa patente de corno
Tão logo é atribuída,
Para mulher, para homem,
Qualquer pessoa traída
Que por vezes nem se toca;
O boato e a fofoca,
Espalha-se, e pode crer,
Gera transtorno e afronta;
Mas, o que recebe a “ponta”,
É sempre o ultimo, a saber.
As reações mais diversas
Acontecem com certeza;
Quando o marido descobre,
Ou a mulher, de surpresa,
Constata a deslealdade;
Logo a infelicidade,
Domina esses corações,
Que cheios de mágoa e dor
Esquece as regras do amor,
E amarga às decepções.
Para o que recebe “galha”
É grande a humilhação;
Mantém na mente a imagem,
Do “urso” do “Ricardão”;
Na rua é apelidado
De corno desconfiado,
Bravo, burro e bateria,
Tomate, uva, teimoso,
Preguiça, religioso;
Isso é que lhe contraria.
Além disso, ainda enfrenta,
Desavença e emboança,
A vergonha lhe aborrece,
O desconforto lhe cansa,
A desonra lhe ameaça;
Vai procurar na cachaça,
A difícil de solução,
Lamenta, lastima, chora;
O problema só piora,
É triste a situação.
Pra ser corno com certeza
Tem que ser bastante forte;
Se apela pra violência,
Termina encontrando a morte;
Quem se envolve nessa teia,
Vai terminar na cadeia,
Ou por outra, num hospício,
O conflito, o alvoroço,
Levam-lhe ao fundo do poço,
No mais negro precipício.
Portanto é bom que se evite
Chifrar, pra não ser chifrado;
Porque aquele que “chifra”,
Está sempre ameaçado,
De ver sua honra em queda;
Pagar na mesma moeda,
O castigo oferecido;
Quem a tal conceito adere,
Lembre: que quem com o ferro fere,
Com o mesmo será ferido.
Carlos Aires
Proseando na sombra do juazeiro - Carlos Aires
Jornal Besta Fubana

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