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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Adeus » REI DO BREGA: Vida longa ao Rei

Familiares e fãs se despediram do cantoe e compositor Reginaldo Rossi
 (Cecília de Sá Pereira/Esp. DP/D.A Press/Arquivo)

A sirene do carro do Corpo de Bombeiros disputava com as buzinas, os gritos, os choros e os versos das canções eternas de Reginaldo Rossi. Entre lágrimas, sorrisos e, com o perdão à majestade, cachaça, Pernambuco se despediu do inconteste Rei. Depois da sexta-feira e sábado de velório público na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o corpo seguiu em cortejo de uma hora e meia até o Cemitério Morada da Paz, acompanhado pelas ovações de milhares de fãs à beira da estrada.

A hora do adeus foi 19h40, ao som de Recife, minha cidade, hino em homenagem ao lugar onde nasceu e escolheu para viver, após missa restrita à família e mais uma hora para a despedida dos fãs. O corpo foi enterrado em um jazigo perpétuo da família, com três covas de três gavetas cada, localizado na rampa principal do cemitério, com um lago ao redor, no valor de R$ 350 mil.

Mais de cinco mil súditos foram a Paulista se despedir do Rei do Brega. Mais de 50 coroas foram depositadas sobre o caixão. Rossi foi embora como viveu. Nos braços do povo. Entre personalidades, artistas e políticos. Mas, principalmente, entre anônimos, a quem nunca negou um autógrafo, uma foto, um beijo, um abraço, uma dança. Uma história para contar. Dona Thomyres Aragão, 79, foi ao enterro “fugida da família”. A técnica de enfermagem Carmem Feitosa, 59, carregava o LP A volta, autografado em 1980.

Bêbados, muitos bêbados, agradeciam aos gritos, falavam do encontro com o Rei, cantavam, mandavam beijos em direção ao caixão. Com lágrimas nos olhos, os fãs fizeram festa no cemitério. A família seguiu os passos de Rossi. Aproximou o Rei dos súditos. Aumentou o volume do som, deixou que todos acompanhassem os clássicos inesquecíveis.
Rossi recebeu de volta o carinho distribuído, sem distinção de título, classe, cor, gênero, nos mais de 50 anos de carreira. Mais do que um ícone para a música romântica brasileira, um estímulo para os contemporâneos e uma referência para os artistas da nova geração, o exemplo de ser humano que foi estava latente nas declarações de familiares, amigos e desconhecidos. As músicas se eternizam por si. A lição de simplicidade, respeito e humildade precisa ser preservada. Vida longa ao Rei.


Diário de Pernambuco

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