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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Poesia: O Saudoso Zé Vicente da Paraíba

 Uma verdadeira pérola da cultura popular brasileira. Assim poderíamos definir esse trabalho que resgatou um pouco da poesia e história desta figura lendária que é Zé Vicente da Paraíba. Um grande artista nordestino, cantador de viola e contemporâneo de outras lendas com os irmãos Batista (Lourival, Dimas e Otacílio).

Zé ganhou notoriedade nos anos 70 ao ter versos gravados por nomes como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba e Zé Ramalho. Um de seus trabalhos mais conhecidos é “Quando é grande o autor da natureza”, regravado por esses mesmos artistas no CD “O Grande Encontro II”.

Pródigo em cantar as coisas da natureza, Vicente chegou a influenciar o cantor e compositor Zé Ramalho, que gravou dele o mote “Quanto é grande e suprema a natureza”.

A primeira estrofe dá a dimensão do talento do poeta paraibano:

“O que prende demais minha atenção
É um touro raivoso numa arena
Uma pulga do jeito que é pequena
Dominar a bravura do leão 
Na picada ele muda a posição
Pra coçar-se depressa com certeza
Não se serve de unha nem da presa
Se levanta da cama e fica em pé
Tudo isso provando quanto é
Poderosa e suprema a natureza.”

Quem inventou a Saudade?

Ainda estou sem saber,
Se foi no sul ou no  norte
Se foi o fraco ou o forte,
No amor ou no prazer
Ninguém soube me dizer,
Apenas suposição
Se é desejo ou paixão
A saudade sempre vem
Ou nunca amou ninguém,
Ou nasceu sem coração!

Consultei o dicionário,
Mexi na história antiga
Mas não encontrei quem diga
Correto vocabulário
Se é ato imaginário,
Não tive a realidade
Se é força da divindade
Eu não dou explicação
Se nasceu sem coração,
Quem inventou a saudade!

Saudade boa é a flor,
Porque é boa e enfeita
Outra saudade é suspeita,
No ziguezigue do amor
Vez magoa, vezes dor,
Tristeza, deslealdade
Ciúme, perversidade
Queixa, ódio, ingratidão
Se não tendo coração,
Quem inventou a saudade!

Já houve até quem dissesse,
Que só há no português
E querer ver outra vez
A pessoa que conhece
Se o tempo passa e esquece
Desaparece a vontade
Sendo assim não é verdade,
O desejo de rever
Eu vou parar sem saber,
Quem inventou a saudade!

30 de dezembro de 2005.

Depoimento do Poeta Zé Vicente da Paraíba, ao receber o premio de ''Contador de História '' com a história '' MINHA VIOLA ,MINHA VIDA '' na oitava edição de talentos da Maturidade do Banco Real em 2006 na Cidade de Curitiba-PR

Cultura Nordestina
JBF

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