Informação que músico estaria em coma irreversível foi negada pela assessoria do hospital
O
estado de saúde do sanfoneiro José Domingo Moraes, de 72 anos, conhecido por
Dominguinhos, segue sem alteração. A informação foi repassada na manhã deste
sábado (16) pela assessoria do Hospital Sírio-Libanês, local onde o músico
permanece internado desde o dia 13 de janeiro, quando deu entrada na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI), com um quadro de arritmia cardíaca e insuficiência
respiratória.
Na sexta-feira (16), a reportagem do
portalFolhaPE entrou
em contato com um amigo do artista, que comunicou que Dominguinhos encontra-se
em coma irreversível e não deve mais acordar. A informação foi confirmada pelo
filho do cantor, Mauro Moraes, em uma entrevista à rádio local. Ainda de
acordo com esse amigo, do início do internamento até hoje, Dominguinhos teria
sofrido oito paradas cardíacas, ficando uma das vezes até cinco minutos sem
circulação sanguínea. As informações não foram confirmadas pelo Hospital
Sírio-Libanês.
Antes de passar pelo Sírio-Libanês, o
artista foi internado no Recife, no dia 17 de dezembro, com um quadro de
pneumonia e infecção pulmonar, que segundo a junta médica responsável pelo
tratamento, foi ocasionado pela intensa exposição a multidões e ao forte calor,
além de um câncer no pulmão.
Trajetória
Natural de Garanhuns, no agreste
pernambucano, Dominguinhos teve seu primeiro contato com a sanfona quando ainda
tinha 13 anos. Ao longo da carreira, recebeu influências dos mais variados
estilos musicais, da bossa-nova ao jazz, dando ao seu repertório um amplo e
variado leque. Em 1965, recebe de Pedro Sertanejo o convite para gravar um LP
direcionado aos nordestinos que viviam no Sul do País.
O artista é conhecido pelo medo de
viajar de avião. Apesar disso, Dominguinhos ganhou o mundo. Acompanhou Gal
Costa na França e na Índia. Com Gilberto Gil, trabalhou mais de um ano. Ao lado
do amigo baiano, Dominguinhos gravou “Eu só quero um xodó”, que já ganhou mais
de 250 regravações, em vários idiomas. Juntos, compuseram ainda “Lamento
Sertanejo”.
Ao todo, José Domingos de Moraes
lançou mais de 40 discos, entre CDs e LPs, em toda a carreira. Em 2002, venceu
o Grammy Latino com o CD “Chegando de Mansinho” e, em 2007, concorreu novamente
ao prêmio, na categoria melhor disco regional. Um ano depois, foi o grande
homenageado do Prêmio Tim de Música Brasileira.
Em 2010, conquista outro importante
prêmio: Shell de Música. Com o parceiro Nando Cordel, lançou os sucessos “Isso
Aqui Tá Bom Demais”, “De Volta Pro Aconchego”. É autor também de canções como
“Pedras que Cantam”, na parceria com Fausto Nilo, “Retrato da Vida”, com Djavan
e “Tenho Sede”, de coautoria com Anastácia. O último trabalho de Seu Domingos
foi o instrumental “Iluminado”, lançado em 2010.
Estadão
Folha PE
Folha PE
Nenhum comentário:
Postar um comentário