Carioca, que tocou no Carnaval de Pernambuco, permaneceu no Recife para roda de choro com amigos no Bar Retalhos
Wagner Sarmento

Sambista carioca contou histórias do passado ao lado de velhos amigos
Wagner Sarmento/Especial para o JC Imagem
Paulinho da Viola protagonizou uma noite de boemia, na última quinta-feira (14), no Bar Retalhos, área central do Recife. O sambista, que desfilou domingo na Portela, tocou segunda-feira no Marco Zero e fez show na terça no Polo de Casa Amarela, postergou a volta para casa para encontrar velhos amigos e comandar uma roda de choro em Pernambuco. Era um Carnaval à parte que insistia em não acabar.
A farra, alheia aos compromissos profissionais, teve a presença dos amigos Henrique Annes, Bozó Sete Cordas, Nuca Sarmento e Beto do Bandolim. Paulinho também queria ver, ao vivo, de pertinho, a nova geração de músicos do Estado, representada, na mesa do Retalhos, pelo violonista Vinícius Sarmento, pelos percussionistas Miguel Marinho e Júnior Teles, pelo cavaquinista João Paulo Albertim e por Alexandre Rodrigues, que toca clarinete, sax soprano e flauta. Os meninos homenagearam o convidado com Beliscando, chorinho seu, entre outras músicas.
O portelense não chegou a cantar, mas fez incursões ao passado com o cavaquinho de Albertim. De ouvidos atentos e sorriso aberto, saboreou a chuva de chorinhos que correu a noite. E, sobretudo, contou histórias. De Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Radamés Gnatalli. De tempos distantes e saudosos. O público, que não foi além de 30 pessoas - Paulinho exigiu sigilo e reserva -, assistiu admirado a tudo.
Exaurido pela maratona carnavalesca, o sambista deixou o recinto por volta das 23h, cerca de três horas depois de chegar, distribuindo cumprimentos, autógrafos e sorrisos, sinal da elegância que transcende os palcos, deixando aquela quinta com gosto de Quarta-Feira de Cinzas.
Jornal do Commercio
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