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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Marcha-rancho não é marcha-de-bloco


 um rancho carnavalesco carioca
Um rancho carnavalesco carioca

No Aeroporto Internacional do Recife Gilberto Freyre dos Guararapes, quarta-feira, à tarde, ouvi um coro feminino entoando (Pra você gostar de mim) Taí, de Joubert de Caravalho. Imaginei que fossem turistas cariocas voltando, saudosos, à terra deles. Mas não. Era um bloco lírico, ou melhor, parte de um bloco lírico. certamente colocado ali pelas autoridades competentes do turismo pernambucano. No que fazem muito bem. Melhor um bloco lírico inteiro, mas não cantando marchinha carioca.
Blocos líricos deveriam se limitar ao belíssimo repertório que a eles foi legado por compositores pernambucanos, que nada tem a ver com marchinhas cariocas. Porém há coisa de uns dez anos, pelo menos, cada vez mais os blocos enxertam seus repertórios com marchas-rancho.
Muitas tão belas quanto os mais belos frevos-de bloco, mas não são frevos. A diferença no andamento da marcha-de-bloco é que dá o seu charme. Primeiro,com a introdução de frevo-de-rua um pouco mais lento, depois com suas letras nostálgicas e melodias de uma melancolia que é das mais peculiares na música popular brasileira.
São raros os frevos-de-bloco que não tem a saudade como tema. Madeira do Rosarinho(Capiba) é dos poucos. Porém, foliões desatentos confundiram marcha-de-bloco com marcha rancho e incluíram em seus repertórios Máscara negra (Zé Kéti/Pereira Matos), Noite dos mascarados (Chico Buarque), Bandeira branca (Max Nunes/Laercio Alves). Estão voltando as flores (Paulo Soledade), Turbilhão (Victor Simon e David Raw), marcha-rancho que é hoje uma das músicas mais cantadas no carnaval pernambucano.
Adotadas pelos blocos estas marchas cariocas são cantadas no carnaval do Recife tanto ou mais do que os clássicos de Getúlio Cavalcanti ou de Edgar Moraes, Nelson Ferreira, Capiba, e outros craques do gênero. A cada ano, marchas-rancho são acrescentadas aos repertórios dos blocos.
Pior é que nas redes sociais lê-se muitos comentários de gente que acha uma chatura a belíssima Madeira do Rosarinho. Nunca vi comentário contrário a breguíssima Turbilhão, que tem um dos versos de gosto mais duvidoso da MPB, o tal “sopraram cinzas no meu coração“.

 Postado por José Teles

Jornal do Commercio

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