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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Poesia: "O silêncio da noite é que tem sido Testemunha das minhas amarguras", um poema de Izabel Goveia

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O SILÊNCIO DA NOITE É QUE TEM SIDO
TESTEMUNHA DAS MINHAS AMARGURAS
 

No cenário desbotado do meu quarto
Pela janela a luz da lua, ilumina
A presença da alma feminina
Com os restos de beijos e abraços,
A camisa esquecida deixa os traços
Da lembrança que passa desprezada,
Um pedaço de coisa já passada
Do amante que ha muito tem partido,
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Pelas ruas eu já perambulei
Procurando a resposta da tristeza,
Mais o que encontrei foi a frieza
Da verdade esmagando um sentimento,
Enrolei-me no lençol do sofrimento
Só por causa da tua ingratidão,
Mais se hoje implorasse o meu perdão
Eu chorando aceitava o teu pedido,
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Sou agora uma amante esquecida
Parecendo um cadáver sem ter dono,
Minha alma já entregue ao abandono
Esqueceu-se do meu corpo e foi embora,
Mais a dor que meu peito tem agora
Só me lembra aquele que partiu,
Sem nenhuma piedade me feriu
Fazendo-me perder todo o sentido,
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Sou um vulto açoitado pela noite
Solidão que habita a madrugada,
Um mendigo deitado na calçada
Com os olhos de quem não tem comida,
Sou saudade de coisa já perdida
Só um feto doado ao abandono,
Sou um cão que se perdeu do dono
Sou as rugas de um velho esquecido,
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras.


Izabel Goveia
Poetisa de Afogados da Ingazeira

Fonte: poetajorgefilo

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