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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Poesia: "A noite" Um poema do genial João Batista de Siqueira (Cancão)


A noite

As fontes serpeiam, as águas que jorram
Nos vales esborram, os montes respondem
Nos nenúfares algumas crisálidas
Nas horas mais pálidas as folhas escondem.

O pirilampo que vem do tapume
Procura o perfume da flor mais distante
Piscando diante de um traço da lua
Que alto flutua no quarto – minguante.

Gemem os ventos nos vastos penedos
Murmuram segredos em beijos e açoite
Em todos sentidos as lindas falenas
Se cobrem nas penas da asa da noite.

Suspiram as brisas na boca da serra
Abanam a terra sombria e gelada
As plantas se curvam ao peso do sono
Diante o carbono da noite enlutada.

Noites de sonhos, visões hediondas
De nuvens redondas que o vento desfaz
Abrem-se os lírios num santo costume
Que são o perfume das noites campais.

As auras soluçam nas árvores virentes
De estrelas cadentes o céu se reveste
O globo parece que treme e desmaia
Oculto na saia da noite que veste

A neve desdobra no vasto baixio
Seu ramo macio coberto de véu
Brilham serenas estrelas polares
Em longos lugares de um lado do céu.

Existem receios em todo recantos
Sustos, espantos, daqui para ali
A noite, rainha de sonho e fantasma
Se olha e pasma com medo de si.

Mãe dos impuros, ladrões, assassinos
Dos crimes ferinos, assaltos profundos
Oculta os maus no negro sudário
O mais necessário pra mais de cem mundos.

João Batista de Siqueira (Cancão)


Poesia Retirada do livro "Palavras ao plenilúnio"
de Lindoaldo Jr.

CANTIGAS E CANTOS

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