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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 28 de janeiro de 2018

Poesia: "Guerreira do Pajeú", um poema de Gilmar Leite


 Foto de Gilmar Leite.

Guerreira do Pajeú

À minha Avó Margarida Ana dos Santos

Margarida, guerreira do Sertão;
Descendente da tribo Cariri.
Foi rochedo e a flor do bulgari
Transbordando d’ amor o coração.
No trabalho arrancava seu pão
Pra família puder alimentar
Enfrentou intempéries do lugar
Com vigor e coragem sertaneja
Não temia o cansaço da peleja;
E vivia num eterno trabalhar.

Descendente do povo lusitano
Foi Eusébio, esposo e pai dos filhos,
Que partiu pra morar em outros trilhos
E deixou a família no abandono.
Margarida assumiu de vez o trono
Pra mostrar uma índia no reinado
Sem tacape, sem flecha, no roçado,
A enxada era a arma para a luta
Do inverno ao verão, sua labuta,
Foi deixar cada filho alimentado.

Ele teve dois filhos e três filhas,
Duas delas morreram em tragédias,
Mesmo assim não perdeu as suas rédeas,
Nem fugiu pra buscar algumas trilhas.
Cada dia enfrentava mil guerrilhas
Pra viver no Sertão com honradez
No trabalho mostrava sua altivez
Duma forte guerreira mãe mulher
Que viveu no seu trono de Pajé
Sem temer o negror da languidez.

Quando deixou a “Serra do Machado”
Pra morar em São José do Egito,
Não sentiu o seu coração aflito
O trabalho assumiu outro legado.
Com uma tropa de burros equipado
Levou água pra casas da cidade
Carregando no peito a honestidade
A coragem de mãe comprometida
Pra mostrar a grandeza Margarida
Uma rosa com brilhos da verdade.

O lugar onde teve a moradia
Batizaram de “Alto da Margarida”
Uma justa homenagem merecida
A Mulher Cariri, sem fidalguia.
Para mim ela será sempre guia
Uma avó como símbolo do Sertão
Que clareia minhas noites de verão
E me aquece nas rochas da frieza
Enfeitando minha alma de beleza
Confortando de luz meu coração.

Gilmar Leite 
Foto de perfil de Gilmar Leite 

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Um comentário:

  1. Um lindo poema, com versos e rimas desfilando a sua beleza, o poeta mostra a grandeza dessa heroína mulher guerreira, que dedicou a sua vida ao trabalho e ao sustento de sua família, muita qualidade nos seus versos e uma homenagem mais que merecida, parabéns, meu abraço.

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