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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Poesia: "O Saco e o cadeado", um poema de Antônio Nunes













O SACO E O CADEADO

A lâmpada é um candeeiro
Minha casa uma palhoça 
Minha vazante uma roça 
Minha zabumba um pandeiro 
O meu curral um chiqueiro
Minha missa um catimbó
A procissão: "andar só"!
E o mealheiro um bisaco
Minha maleta é um saco 
E meu cadeado é um nó.

Minha cama é uma rede
Meu sofá um tamborete
Minha bengala um cacete
A mesa um pé de parede
Um açude é minha sede
Minha carne é de mocó
Meu pescador um socó
Meu quebra-coco um macaco
Minha maleta é um saco
E meu cadeado é um nó

Meu automóvel um cavalo
Minha carroça um jumento
Meu tempero um moi de coento
E o meu relógio é um galo
Meu sino é só o badalo
O meu cachorro é cotó
Meu balaio é sem cipó
E meu braço é sem o sovaco
Minha maleta é um saco
E meu cadeado é um nó

O meu coelho é sem orelha
O meu touro é sem cupim
O meu começo é no fim
Meu fogo é uma centelha
O banho com caco de telha
Sem limpar o Mocotó
O corpo é sujo que só
Sem gastar da telha o caco
Minha maleta é um saco
E meu cadeado é um nó

Autor: Antônio Nunes
Mote : Marco Brasil

2 comentários:

  1. este é o sertanejo nato, o seu pensamento é rápido não existe trólolo, faz da maleta um saco, e do cadeado um nó, trocou a sua tarrafa pelo pescador socó, na hora que sente fome come carne de mocó.

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  2. quero agradecer por poder compartilhar, abraços.

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