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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Poesia: " A velhice soprou no meu ouvido, mocidade com medo foi embora.", um mote glosado por Eduardo Lopes



A velhice soprou no meu ouvido,
Mocidade com medo foi embora

Já fui novo, nunca perdi um show,
Mas agora estou muito diferente,
A velhice chegou na minha mente,
Que eu nem sei como foi qu’ela chegou,
Se escorou no meu corpo e sufocou,
Pra andar, já preciso de uma escora,
Quando um olho se fecha o outro chora,
Sinto o corpo cansado e abatido.
A velhice soprou no meu ouvido,
Mocidade com medo foi embora.

Bem novinho e boêmio na avenida,
Cantador de repente e da canção,
Bem magrinho, eu usava um cabelão,
Eu vivia uma fase divertida,
Mas agora mudou a minha vida,
Não sou mais o galante de outrora,
Minha alma tristonha se apavora,
O meu corpo se sente enfraquecido.
A velhice soprou no meu ouvido,
Mocidade com medo foi embora.

Eu fui novo, desfrutei a beleza,
Nem pensei que a velhice era tão ruim,
Que murchava as flores do meu jardim,
Retirando de mim toda riqueza;
Quando eu quero ganhar uma princesa,
A gatinha me chama de caipora,
Não me quer, nem tampouco me namora,
Me diz mais que eu sou velho enxerido.
A velhice soprou no meu ouvido,
Mocidade com medo foi embora.

Fui garoto e topei toda parada,
Mas agora acabou minha alegria,
Meus cabelos pintados, não queria,
Essa cor que chegou, não me agrada,
Já deixei de correr na vaquejada,
Desprezei o cavalo e a espora,
E quando olho os retratos de outrora,
Do que fui, eu não sou mais parecido.
A velhice soprou no meu ouvido,
Mocidade com medo foi embora.

Eduardo Lopes 

CANTIGAS E CANTOS

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