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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Poesia: “É bonita a ramagem do feijão se enroscando no milho pendoado”, um poema de Raimundo Caetano

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“É bonita a ramagem do feijão
Se enroscando no milho pendoado”

O sertão é bonito  e toda linha
E através das chuvadas se promove
Eu só deixo o sertão quando não chove
E quando chove eu retorno a terra minha
É bonito se ver de tardezinha
Quando o sol está coberto, o céu nublado
A ramagem florida, o chão molhado
E os milagres de Deus cobrindo o chão
É bonita a ramagem do feijão
Se enroscando no milho pendoado

O sertão com a seca é só um drama
Mas depois que a chuva aparece
É a dádiva que dali do céu desce
Camponês quando chove não reclama
Vê-se a vaca atolada sobre a lama
Vê-se o gado no campo já malhado
O vaqueiro correndo atrás do gado
E arrastando o bezerro pela mão
É bonita a ramagem do feijão
Se enroscando no milho pendoado

Vai embora o castigo e a tortura
E o sertão se engrandece até no nome
A bonança chegando mata a fome
Dá pra ver camponês com mais bravura
Que no meio do campo e da fartura
Agradece a Deus ajoelhado
Não espera prefeito e deputado
E nem espera promessa de eleição
É bonita a ramagem do feijão
Se enroscando no milho pendoado

O inverno se ajusta como a luva
A grandeza que lá do céu existe
Camponês não consegue viver triste
Igualmente a um pranto de viúva
Agradece aos espaços pela chuva
E pelo pingo na terra derramado
Cura todas as chagas do passado
E se esquece das crises do verão
É bonita a ramagem do feijão
Se enroscando no milho pendoado



Raimundo Caetano 

Cantigas e Cantos

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