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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Poesia: "Delírio sinfônico", um poema de Rogaciano Leite

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Delírio Sinfônico

Como dúlcidos sons de trêmulas cascatas
Na quietude solene e lúbrica das matas,
Ao rolar do perfume em cálidas vertigens;
Ou o embale da folha à música da brisa
Que entre verdes ramais narcótica desliza
Como um sonho de amor no cérebro das virgens;

Assim desse teu piano os líricos descantes
Entre risos de sons fluídicos, vibrantes,
Palpitam na emoção melódica do espaço...
E a alma de Beethoven, o espírito de Verdi
Que se desmancha em sons e lânguido se perde
Num prelúdio sutil de harmônico compasso!

É o sinfônico amor do mágico teclado
Que Schubert aprendera, atônito, enlevado
No mistério dos sons que o espírito fascina...
É esse eco essencial de sílabas dispersas
Divinizando a Dor em métricas diversas
Que a Saudade interpreta e a Lágrima ilumina!

Que emoção tão sonoras tímidas soluçam
Na dor desses bemóis que nítidos se aguçam
No susto musical da síncope dos sons?
São as queixas marciais da cítara dos ventos
Espalhando no céu nevrálgicos lamentos
Que se vão desfazendo m súmulas de tons!

Como é lindo viver românticos instantes
Nas asas desses sons miríficos, radiantes
Como a flor dos cristais translúcidos do céu!
A Música é uma noiva: a palma é a sinfonia,
A grinalda nupcial! – melódica harmonia,
E os sons... são os florões simbólicos do véu!

Rogaciano Leite
Fortaleza, maio de 1946

Poema extraído do livro “Carne e alma” de Rogaciano Leite.

CANTIGAS E CANTOS 

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