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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Poesia: "Voltando a minha terra", um poema de Severino Feitosa




VOLTANDO À MINHA TERRA  

 Peço a Deus todo momento
 Pra um dia me levar
 Onde foi meu nascimento

 O que não posso tirar
 Nunca da minha lembrança
 É o pedaço de terra
Que vivi quando criança

 Eu fui um pássaro que viveu feliz
 Cantando livre nesses matagais
 Bebendo água nas cacimbas claras
 Depois voando para os mangueiras

 Eu fui menino que andou descalço
 Pulando corda e jogando pião
 Cortando lenha pra fazer o fogo
 Batendo enxada pra cavar o chão

 Fui tangerino das estradas longas
 Do vale verde que me viu andar
 Depois tornei-me num cigano errante
 Que deixa a tropa pra poder voltar

 Na grande ânsia de ver a beleza
 Da minha terra meu rancho e meus pais
 Tive alegria e tive tristeza
 Como era antes ninguém era mais

 A casa antiga onde me criei
 Não tem as mesmas portas e janelas
 Até as moças com quem namorei
 Estão casadas não são mais aquelas

Os meus amigos e os meus parentes
Que cultivaram essa terra outrora
Os que ficaram estão diferentes
Uns já morreram e outros foram embora

 Deus me conceda que eu volte um dia
À terra amada do meu nascimento
 Onde eu juntei dor e alegria
 Misturei tudo no meu pensamento

Fui obrigado pelo meu destino
Tentar um meio de sobreviver
Mas nessa terra onde eu fui menino
Queria ainda morar e viver.


Severino Feitosa 

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