Dos contatos fortuitos e banais,
Hoje o corpo encontrou a sua paz
Ao livrar-se das sombras do pecado.
O meu peito hoje está aliviado
Mesmo tendo o punhal da solidão
Mas não vivo na pérfida emoção
Encontrei uma luz na consciência
Apontando o caminho da existência
Dando alívio ao meu frágil coração.
Já não sinto amarguras dos temores
Enterrei no meu peito os dissabores
Esse mundo pra mim foi esquecido.
O sofrer não roubou o enternecido
Da gentil convivência com os amigos
Eu sofri sob as sombras dos perigos
Mesmo assim, ofereço meu abraço,
Cada afeto do peito forma um laço
Que procura juntar muitos abrigos.
Dos momentos dos falsos devaneios
Quando homens beijavam os meus seios
Nos momentos da minha languidez.
Mesmo assim não permito a sordidez
Construir no meu peito um’alma dura
Eu livrei-me da louca desventura
Sem deixar meu viver ser corrompido
O silêncio da noite foi esquecido
Já não sofro na sombra da amargura.
Cada amigo recebo com frequência,
Eu abraço com minha reverência
A minha alma foi feita pra abrigar
O meu verso é cantiga de ninar
Não caminha na estrada do rancor
No sutil coração repousa o amor
Sem trazer amarguras do passado
O meu ser hoje está bem renovado
Sou feliz enfrentando qualquer dor.
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