Quando o pranto da nuvem se derrama
A morena se ajeita na janela
O poeta pintando uma aquarela
Com o pincel cria forma de poesia!
É a chuva trazendo a invernia
Orvalhando a flor, florindo a rama
Na porteira um aboio se declama
Sem ensaio a boiada se apruma
O Nordeste se enfeita e se perfuma
Quando o pranto da nuvem se derrama
Com aroma da relva que umedece
Todo o povo se ajunta na quermece
E agradece a Deus o Onipotente
Um ansião corta o fumo no batente
Amanhece na serra o céu proclama
O sertão se prepara e vira a cama
Onde a chuva se deita e se consuma
O Nordeste se enfeita e se perfuma
Quando o pranto da nuvem se derrama
Maviael Melo
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