Bateu a saudade das coisas que eu tinha
da sombra do alpendre da Minha casinha
Do "nim" de rolinha nas varas do "oitão"
De barro era feito o meu casarão
A felicidade morava no lar
Todo fim de tarde eu ia aboiar
Lidando com o gado, da vida esquecia
Fui muito feliz, sou eu não sabia
Nos dez de galope na beira do mar
Tem milho na brasa, tem feijão maduro
Tem gente sofrida de coração puro
Que aguarda contente pela invernada
Que sai pro roçado pela madrugada
Só volta a tardinha sem se reclamar
A sua cabocla a lhe esperar
Com janta quentinha e amor no peito
Se falta dinheiro, mas sobra respeito
Nos dez de galope na beira do mar.
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