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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Memória: "Inesquecível Jessé", por Bruno Negromonte

jessé
Dentre as curiosidades abordadas ao longo das últimas postagens estão algumas referentes ao saudoso cantor, instrumentista e compositor Jessé. Na postagem já publicada tive a oportunidade de falar um pouco sobre o início da carreira deste nome que arrebatou milhares de fãs ao longo de sua carreira, principalmente apos participar de um dos festivais musicais promovidos pela Rede Globo, onde de modo singular deu voz a canção “Porto Solidão“. Outra canção citada ao longo da postagem anterior foi “Estrelas de papel“, canção composta para que Jessé participasse de um festival internacional ocorrido nos EUA e de onde o artista voltou aclamado pelo juri como vencedor e, diversas categorias.
Um fato curioso desta participação ocorreu envolvendo o nome do então presidente norte-americano Ronald Reagan, que por acreditar que a letra tratava-se de uma homenagem a ele mandou um telegrama agradecendo ao artista brasileiro. Detalhe: a letra tratava-se de uma homenagem a Charlie Chaplin… e Jessé acabou por esquecer os troféus no aeroporto de Nova York.

Além dessa exitosa composição, o artista acabou por registrar em disco também mais algumas composições de sua lavra como é o caso das canções “Vento forte” (parceria com Onofre), “Cantar“, “Minha cidade“, “Farsante” e “O sorriso ao pé da escada” (outras parcerias com Elifas), “Oração da noite“, uma versão para a canção “Adágio D’Albinoni“, entre outras. Por falar em versão, Jessé é responsável por todas as presentes em seu disco “Ao meu pai”, lançado em 1985 pela RGE e que traz temas religiosos.Vale salientar que aos dez anos de idade o então pequeno Jessé já tocava violão e órgão na Igreja organizada pelo pai acompanhando hinos e louvores, o que de certo modo acabou por facilitar o seu ingresso no contexto da composição.

Antes do estrondoso sucesso com “Porto Solidão“, Jessé foi músico de baile (como costumava se auto definir) e neste período que antecedeu sua carreira solo (durante quase 15 anos) chegou a ter alguns registros fonográficos, dentre eles, alguns ao lado do Placa Luminosa (grupo que ajudou a fundar ainda em Brasília). Um registro dessa época que fez relativo sucesso na época foi a canção “Velho Demais“, cujo compositor é o piauiense Clodô Ferreira, em parceria com o baiano Zeca Bahia (um dos autores de “Porto Solidão“) e fez parte da trilha sonora da novela global “Sem lenço, sem documento”, exibida na emissora carioca entre os anos de 1977 e 1978. Sem contar a sua incursão na música internacional como Tony Stevens e registros como “If you could remember“.

Apesar do reconhecimento do público, Jessé nunca ao longo de sua carreira obteve o merecido reconhecimento da chamada crítica especializada. O descaso da crítica rendeu um texto escrito por Silvio Lancelloti à época de sua apresentação no Teatro da Universidade Católica: “Durante 15 dias, Jessé encheu a plateia do “TUCA”, o Teatro da Universidade Católica, no final de fevereiro, com o primeiro espetáculo de fato em sua carreira. E só o companheiro Zuza Homem de Mello, do “Estadão” e da “Jovem Pan”, lhe deu a merecida atenção“.

Outra queixa exposta na época veio do seu maior parceiro, Elifas Andreatto, o extraordinário artista gráfico que dirigiu a celebração de Jessé: “Eu convidei duas dezenas de jornalistas para assistirem ao show. Ninguém, mas ninguém mesmo, apareceu. Não queriam escrever? Tudo bem? Mas, ao menos, deveriam ter aparecido para ver o que idealizamos e o que fizemos“. E por incrível que pareça ainda hoje essa tal crítica especializada parece ignorar a existência dessa figura que, graças aos ardorosos fãs, não acabou caindo no ocaso.

Prosódia Musical
Bruno Negromonte

Jornal Besta Fubana

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