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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 17 de maio de 2014

Poesia: "A velhice soprou no meu ouvido, mocidade com medo foi embora", um mote glosado por Zé Galdino


A velhice soprou no meu ouvido,
Mocidade com medo foi embora


Já vivi meio século de existência,
Vejo os anos passando em minha frente,
A matéria está muito diferente,
Já cansou e tem pouca resistência,
Minha esposa tem muita paciência,
Quando deita na cama, nem namora,
Quando eu tomo um remédio não vigora,
Ao invés de prazer, só sai gemido.
A velhice soprou no meu ouvido,
Mocidade com medo foi embora.


Fui menino, hoje sou um ancião,
Com oitenta e dois anos de idade,
Já perdi toda a minha agilidade,
Alegria, desejo e sensação,
No transporte do tempo os anos vão
Me deixando mais velho a cada hora,
Se eu não fiz o que fiz até agora,
Vou viver o restante arrependido.
A velhice soprou no meu ouvido,
Mocidade com medo foi embora. 


A velhice afastou-me das crianças,
Me tirando do céu da inocência,
Destruindo a minha adolescência
E sepultando as minhas esperanças,
Pelo fato de haver tantas mudanças,
Nunca mais eu serei que fui outrora,
Nova luz, novo dia e nova aurora,
Poderão até vir, mas eu duvido.
A velhice soprou no meu ouvido,
Mocidade com medo foi embora.


A velhice de mim se aproximou,
Expulsando a minha juventude,
Quase oitenta por cento da saúde,
Que eu tinha do corpo, ela tirou,
O cabelo era preto, ela pintou,
Quem vivia a sorrir, somente chora,
E por sofrer tudo isso, estou agora
Entre a vida e a morte, dividido.
A velhice soprou no meu ouvido,
Mocidade com medo foi embora.


Zé Galdino


Cantigas e Cantos

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