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Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Memória do Cangaço: Parte da entrevista do ex-soldado volante "Marancó" (Oresto), que integrou a volante do tenente Zé Rufino


PARTE DA ENTREVISTA DO EX SOLDADO VOLANTE "MARANCÓ"(ORESTO), QUE INTEGROU A VOLANTE DO TENENTE ZÉ RUFINO, AO 'JORNAL METRÓPOLE' EM SUA EDIÇÃO 96."(...)
Apesar de ter aderido ao cangaço por uma motivação pessoal, Lampião acabou sendo reverenciado como salvador da pátria pelos nordestinos. Como isso ocorreu?
Lampião era o defensor do povo. Tornou-se um herói aos olhos dos pobres e miseráveis porque viam nele um sonho de liberdade e justiça. Nas execuções de espiões e mortes de inimigos, ele nunca matou uma pessoa indefesa, não cometia ato de covardia e de maldade. Lampião defendia o povo dos coronéis. Revoltado com os volantes (caçadores de cangaceiros) que entravam na caatinga e metiam o cacete no povo para descobrir os cangaceiros, matava muitos policiais. Além disso, os policiais também entravam nas fazendas e saíam matando os bois para alimentação e pagavam apenas 70 mi réis, que não valia nem a cabeça do boi. Lampião era contra todo o tipo de repressão(...).Na força policial baiana, o senhor cumpriu oito anos e três meses sob o comando de Zé Rufino, onde participou de diversas batalhas. A principal delas foi a captura e morte de Corisco (o último dos cangaceiros e mão direita de Lampião), em 1940. Como foi?
Corisco cortou o cabelo e trocou de roupa para não ser reconhecido, fugindo com Dadá e outro casal de cangaceiros. Foram perseguidos e, quando Corisco foi pular uma cerca, levou uma rajada na barriga. Ele morreu quando era transportado no caminhão. Não deu um único grito. Nunca vi um homem como aquele. Zé Rufino ainda disse a Corisco que ele deveria ter se entregado e a resposta veio rápida: estou muito satisfeito desse jeito(...).Apesar de ter participado da repressão dos bandoleiros, dá a entender que é admirador de Lampião. Reconhece que seus colegas de farda batiam muito na população civil que, frequentemente, ficava no meio do fogo cruzado entre cangaceiros e policiais? Qual a sua análise sobre o assunto?
Fui militar, era pago para executar, mas nunca bati nem torturei ninguém. Sou admirador de Lampião, um homem de coragem que saiu guerreando por todo o Nordeste. Seus feitos acabaram se transformando em lendas. Suas vitórias eram contadas e comemoradas com rezas por ele e por seus companheiros de cangaço(...)". Fonte: Lampião aceso(Créditos para Ronnyeri, pesquisador e membro das comunidades).

Fonte: Lampião, Cangaço e Nordeste (Facebook)
             Colaborou: Sálvio Siqueira

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